o “não” à felicidade

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certa vez li que a felicidade assusta. muitão. a ponto de fazer o premiado feliz recuar. o mundo não é lá muito justo e vez ou outra a gente se pega pensando “e se”. eu já vivi de “SEs”. uma vez eu recebi o convite de uma professora para trabalhar como designer em uma grande montadora de automóveis. minha barriga gelou. meus olhos brilharam. mas em minutos logo pensei “e se eu não souber executar a tarefa?”. foi esse o segundo em que tudo escorreu pelas minhas mãos. esse “se” tornou-se a porta para um universo de desculpas. todas elas. “lá é longe”, “prefiro trabalhar como jornalista”, “talvez eu não goste do lanche”, “ela merece uma funcionária melhor”. cara, era a FIAT. um dos maiores fabricantes do mundo. e eu deixei possibilidades que poderiam nunca acontecer atarem meus pés no chão. o mesmo chão que eu já pisava há anos. eu nunca me esqueci desse “não, agradeço a oportunidade”. eu me pego sempre pensando no quanto somos fracos sendo que lutamos muito. merecemos dar mais crédito a nós mesmos. e hoje? eu trabalho duro, todos os dias, para acreditar que mereço ser feliz. seja abraçar um emprego incrível, dar o meu melhor para fazer quem amo feliz, tropeçar e voltar a andar com mais atenção. eu preciso acreditar que, sim, eu posso realizar meus sonhos. afinal, coragem vem da força. força em realizar. em tentar. em arriscar. em amar. o único “se” que uso agora é quando converso devagar com o colega do uber: “se chover, desço ali e pego o metrô, moço!”. o mais bonito da vida é que a gente pode, sim, aceitar as oportunidades. e eu quero mais é arriscar em todas. nem que seja para cair, machucar, passar o batom e recomeçar. tudo de novo. e quantos “novos” a vida quiser ela pode me dar. estou pronta para ser feliz.

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♪ para ouvir lendo ● lost stars – adam levine